Pular para o conteúdo principal

SERÁ QUE SOMOS TODOS ZUMBIS?

Confesso. Sou viciado em filme de zumbis. O olhar perdido e faminto e o andar meio morto me perseguem.

Eles estão nos filmes, quadrinhos, séries de TV (a mais recente – Walking Dead,) sucesso de público nos EUA. Com toques de carnificina e comédia,  os Zumbis tornaram-se estrelas de todas as mídias, com sarcasmo, humor e muita carnificina .

O que estará por trás deste horror todo? Parece um medo ancestral da mais perigosa de todas as criaturas, nós mesmos.

O horror da epidemia, da doença que consome a carne (ego e aparências), mas principalmente o medo dos “outros”, caminhando em nossa direção e nos cercando por todos os lados.

E claro, o pânico de ser atacado por amigos, familiares e vizinhos,  ter de “exterminá-los” para nos salvar.

Os tempos atuais parecem nos empurrar para uma  sobrevivência a qualquer custo. Nunca estivemos tão sós na multidão, em meio a milhões.

Os zumbis podem representar então uma possível perda de identidade nossa? Até que ponto estamos tomando conta do nosso destino?

O que fazemos para não apenas simplesmente seguir ordens de governos, políticas, famílias, patrões ou qualquer coisa que queira apenas nos subjugar e dominar?

Não é a toa que os zumbis só morrem com um tiro no cérebro. Precisamos pensar melhor sobre isso e sobreviver como humanos. Na dúvida tranque as portas e janelas.

@robertotostes

Postagens mais visitadas deste blog

As Pequenas Grandes Qualidades do Twitter

Tudo tem sua forma e tamanho e proporção, conforme o ângulo, o olhar e o ponto de vista. Vejo o  twitter como algo efêmero e surpreendente. Sempre gostei dele por ser pequeno e grande. Por ser rápido, e na maioria das vezes,  sincero. E mesmo nos seus limites de 140 caracteres, dá e sobra para expressar sentimentos de todos os tamanhos. Ele pode ser tipo um fogo de artifício no meio da noite.  Pode ser também um suspiro após um longo vazio ou tristeza. Pode ser como uma lágrima brotando de repente no canto do olho . Ou uma risada solta, do nada, espontânea.  Pode ser também um grande eco, quando é instantaneamente repetido e retuitado por centenas ou milhares e pessoas. Nem sempre pela mesma razão ou causa. Às vezes se fala besteira mas faz parte. Mas quem diz assina e não pode voltar atrás. Ele é sempre mobilizador e provocativo, viral, barulhento. Como se alguém dissesse naquele momento exatamente o que a gente gostaria de dizer. O Twitter acre

Conte Uma História

Conte uma história. Para você, para outro, para uma criança, para um idoso, para quem você não conhece, para alguém que está só. Não importa se ela é sua ou de alguém,  criada ou tirada de um livro, filme, conto ou música. Contando uma história somos outros. Somos ninguém e somos mais. Nos tornamos melhores contando fatos  emoções e ideias pois ficamos mais parecidos, tribais, misturados com as memórias de outros ou de outra época e com nossas próprias vidas. Na ficção contada e cantada nos tornamos mágicos, engraçados, misteriosos, emocionantes, únicos. Uma boa narrativa emociona.  A voz acalenta, passa emoção, faz rir. Palhaçadas e mímicas dão show. Ou então a contenção e o tom nos passam emoção, profundidade, medo, dúvida, inquietação. Lendo ou falando podemos fazer as palavras correrem, andarem devagar ou saltarem, num vazio, e brilharem solitárias após um silêncio. Palavras e frases são assim, se tornam formas,  contos, fábulas, novelas e romances, person

NARCISO E OS ESPELHOS SOCIAIS

Diz a lenda que Narciso era um jovem muito belo mas que não se sentia atraído por ninguém. Um dia ao debruçar-se sobre o lago apaixonou-se pela própria imagem. Não conseguiu mais parar de olhar seu reflexo e acabou morrendo assim. Em tempos de mídias sociais multiplicamos nossa imagem em sofisticados espelhos. Nossas fotos  povoam o facebook e instagram, nossos comentários e opiniões espalham-se pelo twitter e outros programas de mensagem instantâneas. Nossos diários ocupam blogs, qualquer vídeo pessoal pode chegar ao youtube ou vimeo e alcançar milhares ou milhões de pessoas. Já compartilhamos álbuns e imagens pessoais mais na web do que na vida real. Como se nos dividíssemos em múltiplas personalidades. O que sobra da identidade original de alguém que a torna pública e cuja vida digital ultrapassa a real? Quem domina o verdadeiro alter ego? Como concorrer com avatares de centenas ou milhares de amigos e relacionamentos que não param de crescer e multiplicar? Corremos o r