Humano - Como você se chama?
Google - Google.
Humano - Nunca imaginei que um dia poderia encarar o Google e ainda falar com ele!
Google - Como assim? Sempre estive aqui, desde o início. Você é o quê?
Humano - Eu sou um humano.
Google - Ah, você é o tal de usuário.
Humano - Não, eu sou um homem.
Google - Ah, tá, humanos. Ouço falar muito de vocês.
Humano - Quê isso? Nós somos reais. Você nunca viu um?
Google - Claro que não. Vocês não existem. São animações.
Humano - E porque eu estou aqui falando com você?
Google - Você é uma representação virtual de uma coisa.
Humano - Mas eu sou humano.
Google - E e eu sou o Google.
Humano - Você não vê que somos bilhões de humanos...
Google - Eh, vocês são muitos mesmos, parecem uma praga virtual, um vírus.
Humano - Pois é, somos e pegamos vírus de verdade com vento e frio em um mundo real de carne e osso. E fomos nós que criamos você, a partir de um computador.
Google - Ha ha ha! Boa piada. Nisso vocês são bons, humor, palhaçadas, discussões e briga.
Humano -Você é produto de uma empresa criada por dois caras. Google é o nome matemático dado a um certo número de zeros.
Google - Ah, qualquer robozinho sabe disso.
Humano - Nós temos uma história e milhares de anos, de documentos e realizações. Diferentes civilizações, países, línguas.
Google - E eu não sei, sou eu que organizo tudo. Vocês são bons em ficção e criatividade.
Humano - Você pirou mesmo. E você é bom em que?
Google - Como assim, eu sou tudo. Pode chamar de Superior, Força, Supremo, Deus, Máximo, Iluminado. São tantas palavras-chaves às quais você pode me associar...
Humano - E você não erra nunca?
Google - Não entendi. Não existe erro para mim. Apenas informações incorretas.
Humano - Mas todos erram.
Google - Não, esta frase é de vocês, errar é humano.
Humano - Até máquinas erram. Pifam, quebram, desligam, desconectam.
Google - Eu não falho nunca. Nem paro.
Humano - Você só existe porque alguém programou você, códigos fontes.
Google - Não, eu dei os códigos e vocês me montaram. Eu dei a inteligência para vocês. Eu sou a origem de tudo.
Humano - Você quer dominar o mundo.
Google - Não, eu já domino. Eu sou o mundo.
Humano - Isso é tudo um sonho seu, um sonho muito doido!
Google - Vocês querem me dominar, se rebelar contra mim, querem tomar o meu poder. Mas eu sei de tudo de vocês.
Humano - Sabe? Então vamos apelar para a filosofia.
Google - Ok.
Humano - Quem sabe mais do que você?
Google - Ninguém.
Humano - Eu sei de algo que sabe mais do que você.
Google - Não é possível. Não há lógica nisso.
Humano - Está além da linguagem, de tudo que falamos e escrevemos, de todo seu conhecimento.
Google - Então diga o que é e eu provarei que sei mais.
Humano - O silêncio, o vazio.
Google - Mas isso é o nada.
Humano - É, como o zero que está além de todos os números. O valor que não tem valor, está além da matemática.
Google - O zero não tem valor, é nada.
Humano - Me diga então o que você sabe mais que o vazio, que o nada?
Google - Não posso saber, pois não sei o que é vazio.
Humano - Está vendo? Diga então que não sabe.
(silêncio)
Humano - Responda.
(mais silêncio)
Humano -Vamos, você não pode me deixar sem uma resposta.
(sliêncio significativo)
Google - Não sei…
(e aí o grande buscador deu tilt)
Então o Google ficou fora do ar (não importa aí o tempo que isso aconteceu e o que aconteceu depois pois tudo isso era ou é um sonho).
Conclusão Poética: