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Novas mídias e novas revoluções


As manifestações de junho de 2013 vão ficar para a história. Muita gente foi agredido nas passeatas pela ação truculenta da polícia mas a maior surra está sendo  dada mesmo nos políticos, nas mídias e  em todo um sistema que se auto-sustenta no poder sem ceder espaço ou mudanças.

Em meio a um evento de superestádios recém-inaugurados a rede que balança é de um movimento que a nada se prende ou deve, o que justamente faz sua força por ser espontânea, e mais que viral, febril.
Do sofá da tevê para o teclado nervoso dos computadores e celulares, estamos vendo surgir um novo tempo, que a velha ideologia política não consegue acompanhar. Ela é mais ágil, mais sincera e mais verdadeira.

Nestes momentos a melhor mídia somos nós. Com nosso celulares, câmeras e vozes, somos mais sinceros, honestos e rápidos. A rede social apenas expressa isso.

Seu protesto é a resposta a tudo que o cidadão não vê acontecer desde sempre. As mesma respostas e soluções vazias para problemas sociais e econômicos que se repetem.

As passeatas ameaçam o povo comum mas seu esforço e propostas de serem pacíficas e expressar ideias sinceras vão conquistam mais solidariedade.

Não somos mais reféns do que é veiculado, dito ou escrito. Tudo que vai sendo veiculado em rede nacional nos programas mais vistos e pelas estrelas da mídia é imediatamente avaliado e questionado por uma grande massa conectada e solidária.

A velocidade do twitter ultrapassa o tempo da mídia. Assistimos a um diálogo dinâmico e compartilhamento de informações, opiniões e alertas em tempo real.

Um manifestante na rua que é agredido não está só, ele está acompanhado de muitos outros que estendem o movimento para além de um simples confronto.

A luta é de todos e continua reverberando pelas esquinas, bairros, cidades, por todo o país e até fora dele.
Neste novo tempo revolucionário todos podemos ser ativos e assinar embaixo. É um movimento que se alastra mais rápido porque que ainda existe a esperança da mudança.

Se tudo começou por vinte centavos a pólvora correu e mostrou que há muito mais em jogo, muito mais indignação e cansaço de sistemas e ideologias que já não nos atendem.

Na sociedade de milhões com o uso social das redes, o cidadão tem a chance de recuperar sua voz coletiva.  O espaço aberto da web é a grande avenida para levantar este movimento e fazê-lo resultar em algo real e positivo.

Os caras pintadas já foram estrelas da mídia há muitos anos atrás. Os tempos agora são outros.
Agora muito mais caras, de todos segmentos e idades, estão pintando nas ruas e na web, mostrando sua cara e sua vontade de mudar.

Cabe a todos que se engajarem nesta luta fazer valer a pena. Estar juntos e unidos no mesmo espírito pacífico e solidário de mudança é o principal.



@robertotostes

Recomendo o artigo do Fãbio Malini:
http://www.labic.net/cartografia-das-controversias/a-batalha-do-vinagre-por-que-o-protestosp-nao-teve-uma-mas-muitas-hashtags/


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