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Mostrando postagens de junho, 2013

Novas mídias e novas revoluções

As manifestações de junho de 2013 vão ficar para a história. Muita gente foi agredido nas passeatas pela ação truculenta da polícia mas a maior surra está sendo  dada mesmo nos políticos, nas mídias e  em todo um sistema que se auto-sustenta no poder sem ceder espaço ou mudanças. Em meio a um evento de superestádios recém-inaugurados a rede que balança é de um movimento que a nada se prende ou deve, o que justamente faz sua força por ser espontânea, e mais que viral, febril. Do sofá da tevê para o teclado nervoso dos computadores e celulares, estamos vendo surgir um novo tempo, que a velha ideologia política não consegue acompanhar. Ela é mais ágil, mais sincera e mais verdadeira. Nestes momentos a melhor mídia somos nós. Com nosso celulares, câmeras e vozes, somos mais sinceros, honestos e rápidos. A rede social apenas expressa isso. Seu protesto é a resposta a tudo que o cidadão não vê acontecer desde sempre. As mesma respostas e soluções vazias para problemas sociais e econô

O Que Fazer nas Segundas?

Não adianta querer começar  a semana adiando as segundas. É como adiar o despertador, ele vai tocar de novo. Mesmo que você o arremesse pela janela, ele continuará na mente. A sensação às vezes dá sinais já no domingo. Quando você vê ela já está aí pesada sonolenta, devagar. A segunda é inevitável, não tem como fugir. Seja por ressaca, depressão, cansaço ou falta de saco, ela vai te pegar de qualquer jeito. Mesmo que você levante e não se encare no espelho, ela vai estar por todos os lados à sua volta. Mesmo se fechar os olhos e não sair do quarto, você vai sentir o clima de segunda. Mesmo que você esteja numa sala cheia de pessoas e elas falem de outra coisa, todos sabem que estão naquele dia da semana. As segundas nos lembram que somos humanos, somos fracos, somos lerdos, somos indecisos, que muitas vezes erramos, que podemos ser egoístas, chatos  ou até invisíveis. Elas nos matam aos poucos. É a morte lenta marcada no calendário. Mas segundas estão aí para nos

Histórias nos ensinam a brincar de viver

Histórias sempre foram contadas para todos, crianças e adultos, em grupos, rodas e fogueiras, por milhares de anos. Se nos repetimos tanto em nossas vidas é por isso que nos entregamos tanto à ficção, em livros, jogos, filmes. Queremos esquecer de nós e ser outros, encarar grandes e impossíveis desafios, enfrentar o inesperado, o diferente, vivenciar junto com outros emoções e aventuras. Histórias transformam crianças em adultos e vice e versa. O escritor que cria torna-se criança. A criança que lê torna-se herói ou heroína, mágica, invencível. Histórias tem vida. Vidas dentro de vidas. Vidros de emoções e situações através dos quais podemos enxergar pessoas e acontecimentos. Transparências e espelhos que nos mostram que podemos nos enxergar melhor. Somos ficção e realidade misturados. Continuamos sendo personagens à procura de um autor, de um palco, uma voz. Leitores ávidos por algo sempre novo.  Ou escritores perdidos entre a criação e o vazio. Mas parece sempre que não qu