A simplicidade atravessa o tempo e permanece. É a melhor maneira de ser direto, de fazer algo da forma certa. Sem rigidez, sem obrigação, destacando o que importa, o que vale.
Quem escreve sabe que simplicidade é cortar palavras, excessos. Reduzir, ficar com o essencial. Precisamos trazer isso para o cotidiano.
A maioria das pessoas gosta de complicar. Andamos tão ocupados e envolvidos com coisas urgentes e importantes que nunca cumprimos o que queríamos ou deveríamos.
Somos cobrados, pressionados. Nos obrigamos a ser perfeitos, infalíveis, produtivos. Esquecemos que podemos e devemos errar. Simplicidade é também respeitar o erro, a tentativa.
Para fazer a coisa simples precisamos saber esvaziar e renovar. Sem apego, sem medo.
Esquecemos como é bom não fazer nada por um bom tempo. Se desligar de uma tarefa, trabalho, obrigação.
Tentar mesmo entrar no vazio e no silêncio. Não importa o lugar mas a intenção.
Ver o mundo quase em câmera lenta e reparar em coisas que não costumamos observar.
Usar a atenção e o foco, concentrando sua energia, suas ideias, coração e espírito.
Fazer com vontade. Tentar novas formas, experimentar. Fazer melhor, não se prender a fórmulas.
Para qualquer criação simplificar é o mais importante.
Na repetição contínua de suas tarefas o artesão aperfeiçoa sua arte e encontra o toque único de mestre.
Simplificar é fazer parte do ciclo da vida.
Reciclar, reaproveitar, tornar algo permanente no processo de fazer.
Saber que o início e o fim são dois lados do mesmo ponto, da mesma moeda.
Algo puro e perfeito como um círculo, como um planeta que gira, no sol que se põe ou na bolha de sabão que flutua.
Simplificar é começar. Terminar e recomeçar, sempre.