Nem sempre enxergamos tudo que passa pelo nosso olhar. Por isso os extremos são tão importantes.
Se por acaso você chegar na beira de um abismo ou no alto de uma montanha terá a clara visão da queda, do vazio e da imensidão que nos cerca.
Caso esteja deitado em algum lugar sob um céu estrelado, poderá também contemplar a beleza das estrelas, e o contraste com nossa minúscula presença no universo.
Ou poderá sentir o calor ou a beleza de um sol nascendo ou se pondo, percebendo o coração acelerar do nada, vendo a luz perde sua força e tornando o horizonte mais vivo.
Encontrará algo parecido se estiver em uma praia distante, quanto mais deserta melhor. Basta entrar no mar e nadar além das ondas, sentindo o limite humano e a sensação líquida e agradável sobre a pele.
E se der vontade, respirar, mergulhar e ir até o fundo, admirando um mundo submerso e misterioso.
Em certos momentos da vida tudo que precisamos é de natureza, silêncio e paz. Apenas isso
.
Ficamos maiores quando percebemos o quanto somos pequenos, mais um ser, entre milhares de espécies e milhões de formas vivas.
Quando chegamos no limite de alguma coisa é que paramos para constatar coisas que muitas vezes já sabíamos.
Nos sentimos mais vivos quando sentimos que controlamos nosso tempo, e não o contrário
Por isso precisamos de abismos, de montanhas inalcançáveis, desafios impossíveis, de nos distanciar de onde estamos e do que somos.
Precisamos ir além de nós mesmos para descobrir o que sobra do outro lado.
É sempre no fim que está um novo começo.
@robertotostes